quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Situação de aprendizagem: Transformações físicas e químicas: modelos explicativos

PÚBLICO ALVO: 8ª série/9º ano
Número de aulas previstas: 6 

Conteúdos:

  • Estados físicos da matéria e transformações físicas
  • Evidências de transformações químicas
  • Modelo de partículas representativo da matéria
  • Modelo de partículas representativo de transformações físicas e químicas
  • Transformações químicas e físicas no sistema produtivo e cotidiano
Conhecimentos prévios:

  •  Estados físicos da matéria e suas mudanças;
  •  Método científico e formulação de hipóteses;

Competências e habilidades: 


  •  Fazer observações e organizá-las em tabelas;
  •  Proceder a leitura de instrumentos de medidas (termômetro);
  •  Ler e interpretar informações contidas em texto;
  •  Pesquisar, selecionar informações e redigir pequenos textos com os demais colegas;
  •  Reconhecer que a matéria é constituída por partículas;
  •  Representar a matéria através de esquema utilizando o conceito de partículas;
  •  Representar fenômenos químicos e físicos utilizando o esquema de partículas;
  •  Diferenciar fenômenos físicos de químicos, através da observação de evidências e de esquemas de partículas;
  • Reconhecer a presença de fenômenos químicos e físicos nos sistemas produtivos e em situações do cotidiano.

Justificativa: 
Todo tempo as transformações físicas e químicas estão acontecendo nas mais diversas situações, tanto para a manutenção da vida como nos processos produtivos das indústrias. Nosso cotidiano está repleto de materiais produzidos através dessas transformações. O reconhecimento da existência de transformações químicas e físicas, fornecem subsídios para que o cidadão tenha uma postura consciente e crítica que envolvem questões econômicas, sociais e ambientais no sistema produtivo.


Objetivo: 
Ao final da situação de aprendizagem, espera-se que os alunos reconheçam as transformações físicas e químicas que ocorrem no sistema produtivo em fenômenos do cotidiano.


Recursos:

  •  Uma pedra de sabão
  •  bécker ou outro recipiente que possa ser levado ao fogo
  •  Cubos de gelo
  •  2 termômetros 
  •  espiriteira ou outra fonte de calor
  •  fósforo
  •  suporte e tela de amianto
  •  Lousa
  •  giz
  •  Sala de Informática ou biblioteca
  •  vídeo e TV ou datashow
  •  textos: Icebergs não são feitos de água do mar Receita de sabão
  •  vídeo: Fenômenos físicos e químicos

Problematização:

Através da comparação entre uma pedra de sabão com um cubo de gelo, espera-se que o aluno compreenda a existência de fenômenos químicos e físicos para obtenção destes dois corpos.

Procedimento:
Etapa 1: 2 aulas

a) Sensibilização e investigação de conhecimentos prévios:

O professor deverá chegar na sala com uma pedra de sabão e um termômetro em temperatura ambiente, um recipiente com gelo e termômetro, e propor as seguintes questões:
1- Vocês sabem de que é feito o sabão? E a pedra de gelo?
2- O que o sabão tem em comum com a pedra de gelo? 
3- O que estes corpos tem de diferente?
4- Observando os termômetros em temperatura ambiente e o outro no recipiente com gelo, lemos respectivamente 25 ºC e 0 ºC. O que se espera que aconteça com estas medidas se deixarmos estes dois corpos em cima da mesa?
5- Sabendo que a matéria é composta por pequenas partículas, representadas por esferas, como vocês representariam estes dois corpos neste momento? Será que as partículas seriam iguais em ambos?



Sabão
Gelo
Material


Temperatura (ºC)


Estado físico


Esquema de partículas



b) Observando transformações físicas e químicas

A tabela abaixo que deve ser transcrita para o quadro negro.
Ao acender a espiriteira ou o bico de bunsen, discuta sobre as transformações químicas que estão ocorrendo no fósforo e na queima do álcool da espiriteira ou do gás do bico de bunsen.
Aqueça o bécker ou outra vasilha com o gelo e termômetro e peça para que alunos façam a leitura do termômetro de 2 em 2 minutos (estipule o tempo de acordo com a quantidade de calor fornecida pelo seu equipamento) e anote na tabela.  Dependendo do desenvolvimento das atividades de cada turma, após o preenchimento da tabela, pode-se pedir para construírem um gráfico (Tempo x temperatura): 

Temperatura (ºC)
Estado físico (sólido, sólido+líquido, líquido, gasoso)
Esquema das partículas
















c) Leitura, análise e discussão de texto

Icebergs não são feitos de água do mar 
Durante a leitura, o professor poderá discutir com os alunos sobre as mudanças físicas e outros assuntos relacionados presentes no texto.

Etapa 2- Leitura de texto, avaliação e recuperação - 2 aulas

Receita de sabão

Durante a leitura do texto, o professor poderá chamar a atenção para os ingredientes, evidências de ocorrência de reações químicas, transformações físicas e outros assuntos relacionados com o tema da aula (se possível, leve-os para a sala de aula para mostrar aos alunos ou atém mesmo faça o sabão com eles). Peça para que listem os fenômenos químicos e físicos apresentados no texto e justifiquem suas respostas.

Instrumentos de avaliação:
- Participação nas discussões;
- Preenchimento das tabelas;
- Relatório
- Apresentação da pesquisa e contextualização.

Etapa 3 - 2 aulas
Atividade para avaliação e recuperação:
Apresente o vídeo sobre fenômenos físicos e químicos. Peça para que os alunos façam anotações pois, após assisti-lo, deverão:
  •  fazer um resumo sobre o que observaram, 
  •  separar fenômenos químicos de fenômenos físicos, colocando as evidências,
  • representar estes fenômenos com esquemas de partículas. 
  • dar um outro exemplo com fenômeno análogo aos observados no vídeo (por ex. queima de combustíveis dos automóveis, oxidação do ferro dos portões e a separação de misturas) encontrados no cotidiano ou pesquisado em livro didático ou outra fonte, classificando-os em químicos ou físicos e representando com partículas. Os alunos que alcançaram os objetivos irão orientar a atividade dos demais.


domingo, 22 de setembro de 2013

Quem somos?


Professora Maria:  graduada em ciências biológicas pela Universidade de Mogi das Cruzes, mestre em Microbiologia e Imunologia pelo Instituto de Ciências e Tecnologia (ICT-UNESP).Atualmente leciona na E.E. Prof. Alceu Maynard de Aráujo. Desenvolve atividades com os alunos do ensino fundamental, médio e EJA. Atualmente atua como professora orientadora, desenvolvendo projetos de iniciação científica. 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4297495H6



Professora Luana: Graduada em ciências biológicas pela Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) e mestre em Biopatologia bucal pela Faculdade de Odontologia de São José dos Campos (UNESP). Leciono na E. E. Elmano Ferreira Veloso no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Sou casada e ainda não tenho filhos. Minha paixão é viajar, adoro conhecer novos lugares. Acredito que acima do passeio, o mais importante é a bagagem cultural.




   

Professora Julia: Graduada em Ciências Biológicas(Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atuo na rede pública desde 2008 na Diretoria de Jacareí. Este ano que ingressei na Diretoria de São José dos Campos, na E. E. Profª Édera Irene Pereira de Oliveira Cardoso, onde atuo como professora de Ciências e Biologia.





Professora Lucimar: Graduada em Ciências Físicas e Biológicas (Antiga Licenciatura Curta)pela universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e Ciências Biológicas (licenciatura plena)pela Universidade Braz Cubas (UBC). Pós graduada em Ensino de Ciências pela REDEFOR/USP e em Psicopedagogia pela Universidade Claretiano. Atuo na rede pública de ensino desde 1995. Faço parte do quadro efetivo do estado desde 2004, no cargo de Ciências, na Diretoria de São José dos Campos. Sede atual: E. E. Profª Ayr Picanço Barbosa de Almeida, onde leciono Ciências. Gosto de me aperfeiçoar e dedicar ao que faço. Sou casada, tenho 2 filhos e amo muito minha família. 


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Como foi sua introdução no mundo da leitura e da escrita?



Cada um de nós temos uma história diferente sobre como aprendemos a ler e a escrever, vamos agora conhecer como aconteceu com as colaboradoras do grupo:

"Meu primeiro contato com a leitura foi da minha mãe contando histórias, me lembro que queria muito conseguir ler os livrinhos para saber o final da história, mas minha mãe gostava de me deixar curiosa. Lembrando agora, minha introdução na escrita foi bastante divertida, meus pais compraram réguas com letras e eu não sabia formar as palavras, mas adorava desenhar as letras, e assim minha mãe ia me ensinando as letras do meu nome e dos meus familiares. Meu aprendizado efetivo de leitura e escrita se concretizou nos primeiros anos da educação infantil, a professora Edna foi muito paciente comigo e abriu o meu mundo, ensinando-me a ler e escrever. Meus primeiros livros foram de várias histórias bíblicas, tinham desenhos lindos e todos com uma moral, eu era apaixonada por estes livros e morria de ciúmes deles.
Hoje adoro ler, não sou muito adepta a livros, mas leio tudo o vejo pela frente, leio manuais de instrução, bulas de remédios, rótulos de embalagens, muitos artigos científicos, guias de viagens, reportagens de sites sobre atualidades e também revistas (adoro a Super Interessante). Vejo a leitura como algo prazeroso e também  como algo que traz o mundo um pouco mais perto de mim. Adoro viajar para lugares que nunca estive presente através da leitura. Atualmente também procuro ler textos em inglês para habituar com esta língua que hoje faz parte do nosso mundo e não tem mais como fugir (Olha que maravilha, através da leitura e da escrita também podemos aprender outras línguas)." 
Luana Molina





"Assim como outras colegas, também sou da época da cartilha "Caminho Suave". Apesar de criticado por muitos, lembro até hoje de como me encantava com os desenhos e os sons que pronunciávamos durante as aulas junto com a professora e os colegas de turma. Os pontinhos que tínhamos que seguir, trazem lembranças da precisão exigida pela professora para "não sairmos da linha", que vez por outra fazia com que apagássemos e refizéssemos tudo novamente, ensinando mais do que ter uma "letra redonda": aprender a criticar o próprio trabalho, encontrar erros e ter persistência em fazer o melhor... A leitura inicialmente inocente, literal, aos poucos passou a enxergar mais do que estava escrito e foi tomando um sentido mais profundo, tornando-se alimento para a alma, para o "ser pensante" que todos nós nos tornamos. Neste caminho, importante foram as atitudes "paidagógicas". Quando percebeu que já líamos palavras, meu pai deu-nos de presente, a mim e minhas irmãs, a coleção "Jóias da literatura infantil", cujas estórias despertavam minha imaginação, que, de tão fértil, chorava, ria e torcia junto com os personagens. Eram estórias tão fantásticas e envolventes que não queria parar de ler antes de ver seu final, e, quando este chegava, ficava repassando a história, pensando nos personagens, nas suas qualidades, defeitos, castigando ou premiando cada um deles. Um pouco mais crescida, em torno dos 12 anos, lembro que meu pai nunca respondia as minhas perguntas de forma clara. Suas respostas eram quase sempre as mesmas: "Procure no dicionário", "Tem ali na estante!"... Com ele aprendi o valor do dicionário e da riqueza contida nas enciclopédias, jornais, revistas e telejornais.  No final do antigo ginásio, lembro de um concurso de redação onde o tema é muito recorrente hoje em dia "O que mais me fez amar o Brasil nestas férias". Senti como se fosse um desafio! Coloquei a imaginação para funcionar e, com ajuda de um atlas e livros de geografia, fui traçando um roteiro de uma viagem fictícia para o Sul do país. Escrever a redação foi um exercício de imaginação e pesquisa e que deu certo! Me rendeu o segundo lugar mais comemorado em toda minha trajetória pela escola primária! Na adolescência, já no ensino médio, lembro-me do professor de literatura que pedia para lermos "os clássicos", fazia chamada oral sobre eles e seus autores. Dessa cobrança, um livro que me encantou foi "Sertões" de Euclides da Cunha. A descrição do sertão e do sertanejo pelo autor era tão detalhada que parecida que sentia a secura do lugar e o sofrimento das pessoas e dos animais. No "Cortiço", conheci o submundo das palavras chulas, prostituição e lugares mal cheirosos. Lembro que ficava envergonhada com algumas passagens capciosas! Nos poemas de Cecília de Meirelles encontrava um cúmplice e confidente para minhas paixões escondidas. Professores, autores, inspiradores muitos dos quais hoje não tenho lembranças de seus nomes, mas que fazem parte do que sou e do que ainda serei, pois somos seres em movimento, aprendentes junto com outros que também aprendem: desenhos e rabiscos que viraram letras, letras se juntaram e formaram palavras, palavras que se transformaram em frases, frases encadeadas em parágrafos, parágrafos contando histórias, e as histórias... fazendo parte de registros do que se passava fora e dentro de mim. Assim como Contardo Calligaris, também acredito que a função essencial da literatura é a de libertar o ser humano. E, nas palavras de Antonio Cândido "As produções literárias, de todos os tipos e todos os níveis, satisfazem necessidades básicas do ser humano, sobretudo através dessa incorporação, que enriquece a nossa percepção e a nossa visão do mundo. [...]. A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante."

recomendo:"A LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO LEITOR ". Artigo de Sílvia Cristina Fernandes Paiva e Ana Arlinda Oliveira
Lucimar Miyata



           


"Eu disse que num outro contato contaria o meu segundo momento com a leitura. Foi com minha professora de Língua Portuguesa na 5ª série, com o livro A Ilha perdida. Ela lia um capítulo por semana, era a aula mais esperada, em uma época em que não era fácil ter acesso a livros, e a cidade que morava não tem livraria até hoje, a mais perto seria em São José dos Campos quase 100km de distância, que pra época era um dia de viagem. Vejam que dificuldade! Ela lia, e eu me apaixonava pela história, eu tinha 12 anos e um livro, A Espada Encantada, queria mais... Combinei com meu irmão e meu primo que estudava na mesma sala e contamos pra minha mãe que a professora queria um livro. Ela comprou o meu segundo livro, um mês depois o livro chegou e nunca mais parei de ler, terminei antes da professora, emprestei pra todos da sala e da escola. Li tudo que a autora escreveu, fiz carteirinha na biblioteca da escola, e li os poucos exemplares/romances que a biblioteca possuía, aí fui para a biblioteca da cidade e ganhei o apelido de rata da biblioteca municipal, nunca mais parei de ler, li todos os da série vaga lume, quase todos os clássicos da literatura brasileira, romances, policiais, auto ajuda, literatura francesa, aquela cor de rosa, coleção Biblioteca das Moças, e fui adquirindo os meus próprios livros até chegar a uma biblioteca particular. Meus filhos e sobrinhos sempre usaram a biblioteca para as pesquisas, trabalhos e foram adquirindo também o hábito  da leitura. Livros em minha casa sempre foi presente."
Cleonice Borges


"Fiquei pensando sobre o que escrever e como reportar as minhas memórias de leituras escritas. Ao escutar o depoimento de Gabriel o pensador, parecia que estava falando de mim: nunca tive muita facilidade em escrever/relatar o que tinha vivido ou lido. Lembro-me que o primeiro livro que li, foi a  Peteca sapeca” (Lúcia Pimental) , por volta nos 6 anos.
Com certeza foi um livro marcante , pois lembro-me dele até hoje.Até me lembro de de algumas frases ...” A peteca sapeca pula para cá... A peteca sapeca pula para lá”. E  durante a minha escrita aqui para o Forum , fiquei pensando,porque eu lembrava desse livro, ou melhor desse momento. Imagino então que talvez lembro-me dele pois tinha sido alfabetizada e tinha conseguido ler um livro sozinha. Aí a importância de se incentivar a leitura pelas crianças.. Durante minha adolescência perdi um pouco um gosto pela leitura, pois era quase que obrigada a ler os livros de literatura sugeridos para o vestibular. Não gostava de fazer resumos sobre as obras, apenas alguns livros me chamavam a atenção. Lembro-me também de um poema de Castro Alves , Navio Negreiro, e como me impressionei com sua leitura. Quando Caetano Veloso gravou esse poema em forma de música, achei o máximo. Hoje não me vejo sem a a leitura de um bom livro. Como alguns colegas já citaram e alguns autores também , faço uso desse consumo consciente, compro livro, os empresto e incentivo todos ao meu redor a ler. Eu  acredito que os jovens estão começando a se interessar pela leitura. Temos muitos alunos na escola que visitam a biblioteca semanalmente e que selecionam livros e livros para realizarem a leitura. Esses dias, li para os alunos, em circulo de leitura, o livro as viagens de Gulliver (Swift, Jonathan) do qual se tornou filme a alguns anos atrás. Eles adoraram." 

Profa. Maria Oliveira






Quando fiquei sabendo que tinha que escrever sobre uma experiência minha com leitura e escrita, fiquei meio perdida, e pensei: “que difícil, como eu vou me lembrar de quando comecei a ler?”.

Mas ai fui lendo as experiências no fórum, e é claro, recorri a minha mãe para perguntar o que eu gostava de ler quando criança, e as coisas foram ficando mais claras para mim, e as lembranças e ideias para escrever começaram a surgir. É claro que não me lembro de muita coisa, mas vamos lá a algumas dessas lembranças.
Não consigo me recordar exatamente de quando ou como comecei a ler, escrever, ou de como eram aulas no primário, mas o que me lembro bem era daquela alfabeto bonito e colorido que ficava em cima do quadro negro. Sempre observei muito ele, e como realmente ficou mais fácil associar aquelas imagens na hora de montar uma palavra. A leitura e a escrita vieram naturalmente parece.
Meus pais sempre liam muito em casa, tínhamos estante de livros, mas confesso que para mim passava despercebido. Eu gostava mesmo era de ler gibis. Lia todos os gibis da Turma da Mônica.
Adorava ler a ultima página do gibi, e até hoje tenho essa mania e fico até brava quando encontro um gibi que está lacrado e não consigo fazer isso. Acho incrível a capacidade de um autor em passar uma mensagem em apenas 3 quadrinhos. Também gostava (e ainda gosto) daqueles gibis em que não tinha aqueles balõezinhos com as falas do personagem, era você quem criava a história, era só soltar a imaginação e viajar.
Com o tempo fui lendo outros tipos de literatura infantil, e o que mais me recordo foi o livro “O pequeno príncipe”, e quando teve uma exposição sobre o livro no Vale Sul Shopping me identifiquei muito e tive vontade de brincar lá também com as crianças.
Eu sempre gostei de participar dos teatros na escola, tive uma professora (Andréa) que sempre fazia teatro. Mas eu não gostava de ser um dos personagens, eu gostava de ser a narradora, adorava contar a história, mudar a entonação, dar mais ênfase a determinada frase importante da historia. Eu me sentia realizada sendo a narradora.
Sempre gostei muito de estudar, e olha como o tempo passa. Em 2009 fui trabalhar na mesma escola em que eu estudei do primário até a 8ª série, e a minha professora da 1ª série ainda dava aula lá. Ela adorava me encontrar, e sempre contava como eu era como aluna, que eu sempre sentava na primeira carteira na frente da professora e quando ela chegava eu perguntava o que ela havia preparado para a nossa aula. Ela também me disse que eu adorava escrever, que certa vez ela pediu uma redação sobre os nossos animais de estimação, e eu escrevi várias páginas contando sobre cada um dos cachorros e gatos que tinha em minha casa, e que ainda fiquei ao lado dela esperando ela ler minha redação. A profª Ângela conta essa história para todos sempre que me vê, percebo que ela fica até orgulhosa em ver que sua aluna se tornou uma professora, e que mais do que isso, se tornou uma colega de trabalho.
Bom, esses foram os fatos que eu mais me recordei, gostei de escrever essa experiência, realmente, as vezes a gente não consegue parar para pensar como foi que aprendemos tal coisa.
Hoje eu posso ser as coisas sob outro aspecto, antes eu era a aluna sentada na primeira fileira, hoje eu sou a professora, e tento passar algumas das coisas importantes que ficaram no meu aprendizado para os meus alunos.

                                                                                                             Profª Julia Pazzini Vieira